Sindicato Têxtil promete acção judicial contra empresa R. Piairo

O Sindicato Têxtil do Minho e Trás os Montes promete avançar com uma acção judicial contra as Confecções R. Piairo. A empresa encerrou portas lançando no desemprego cerca de 50 trabalhadoras que se manifestaram na manhã desta sexta-feira, junto às instalações da empresa, em Santo Estêvão de Briteiros.
Numa acção convocada pelo Sindicato Têxtil do Minho e Trás os Montes, o Secretário Coordenador, Francisco Vieira, disse que os trabalhadores têm razões objectivas para se sentirem enganados.
"O senhor Renato Piairo assumiu aos trabalhadores, na minha presença que pagaria o salário de Março e o máximo de Abril o que não fez dizendo que o advogado da empresa não autorizou coisa estranha que acho que não corresponde à verdade", sublinhou.

O despacho de não homologação do processo de revitalização da empresa foi chumbado por 95% dos credores e já há requerimento para avançar para a insolvência das Confecção R. Piairo. Francisco Vieira, condena a postura da Administração neste processo que terminou com o encerramento da empresa.
"Não tenho dúvidas de que há má fé neste processo. Até tinha pensado numa linguagem mais violenta porque esta postura tem um nome na nossa terra. Quem não honra os compromissos de pagamento, quem não paga o que deve, quem falta à verdade, na nossa terra só tem dois nomes é caloteiro e é mentiroso", afirmou.

Sandra Marques, mãe solteira, é uma das trabalhadoras que vai para o desemprego depois do encerramento da empresa R. Piairo e não esconde a revolta pela postura adoptada pela Administração.
"Já estamos no terceiro mês sem receber o salário e como mãe solteira não sei como é possível que um patrão pode estar dois meses sem pagar aos seus empregados. Acho que não é normal", afirmou.

Num país onde "é patrão quem quer que recrutam trabalhadoras que não tenham filhos menores", Francisco Vieira acusada a empresa de praticar contrafacção, anunciando já ter entregue a quem de direito fotos que provam essa prática ilícita.
O Sindicato promete ir até às últimas consequências, nomeadamente com uma participação crime no Ministério Público.

O Grupo Santiago tentou contactar a administração da Confecções R. Piairo mas sem sucesso.

Marcações: manifestação, R. Piairo

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