Calor não afastou manifestantes do movimento Habeas Corpus que percorreram ruas de Guimarães

O calor não afastou os participantes na Marcha Habeas Corpus e ouviu-se gritar "Portugal, Portugal" e "O povo é que manda!" esta tarde nas ruas de Guimarães.
Mais de uma centena de pessoas percorreram o trajecto que separa o Palácio de Vila Flor e o Castelo de Guimarães, obrigando ao condicionamento da circulação automóvel por onde passavam e à presença de agentes da PSP.

Em declarações ao Grupo Santiago, o líder do movimento Habeas Corpus justificou a escolha de Guimarães para esta manifestação por simbolizar "o berço de Portugal, da nossa identidade", sendo o motivo "o estado em que se encontra o País". "Não tem a ver com partidos, tem a ver com o regime que se instalou no poder e se apoderou das instituições nacionais para seu proveito próprio. O inimigo é a elite parasitária que se apoderou de Portugal", disse Rui Castro, explicando que a associação Habeas Corpus presta apoio jurídico, assumindo que "tem um discurso político".

"O acesso à justiça e aos tribunais é um direito consagrado na Constituição e não é concretizado. Ou se é indigente ou não se obtém protecção jurídica do Estado e mesmo quando se obtém há advogados que não estão preparados ou não têm interesse", apontou, ao reconhecer que "quando lançou as primeiras minutas ficou surpreendido com o nível de ignorância das pessoas quanto aos seus direitos". "Inicialmente, até pensei que estava a fazer algo inútil e fiquei surpreendido com a procura que tiveram", concluiu.

Marcações: Habeas Corpus, marcha em Guimarães

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