André Coelho Lima quer Citânia como Património da Humanidade

Caso seja eleito nas autárquicas deste mês, André Coelho Lima promete iniciar uma candidatura da Citânia de Briteiros a Património da Humanidade da UNESCO.
A promessa foi assumida pelo candidato da Coligação ‘Juntos por Guimarães’ por ocasião de uma visita efectuada àquela castro vimaranense.
     
Segundo André Coelho Lima “a Citânia de Briteiros encontra-se classificada como Monumento Nacional desde 1910 pelo que, nesta altura, 103 anos volvidos, será a ocasião indicada para promover a sua classificação num catálogo de maior relevância”.

O candidato á Câmara salienta que “a Citânia de Briteiros, de entre os castros portugueses, é de longe o de maior dimensão e de maior importância histórica, tendo, aliás, sido o primeiro a ser estudado, pelo que se configura numa referência da História da Arqueologia, sendo, por isso e simultaneamente, o maior exemplar físico conhecido da cultura castreja como ainda aquele que comporta maior significado e importância histórica”.

André Coelho Lima lembra ainda a importância turística que pode ter esta classificação para o concelho de Guimarães. “De facto, quando o grande desafio do turismo em Guimarães é pela fixação, é até estranho como podemos ter entre nós um património com tamanha valia, justificativa da sua classificação pela UNESCO, e não nos tenhamos voltado para ele há mais tempo. A classificação por que vamos batalhar já a partir de Outubro lançará Guimarães como um destino turístico único à escala internacional, basta verificar que passaremos a ser o único concelho de Portugal com duas classificações de Património da Humanidade, o que nos tornará num destino turístico de paragem e não apenas de passagem”.

A Citânia de Briteiros é um sítio arqueológico da Idade do Ferro (c. 800 a.C.) cujas ruínas foram descobertas pelo arqueólogo vimaranense Francisco Martins Sarmento, em 1875 – que permaneceu ocupada à época da invasão romana da península Ibérica devendo ter sido definitivamente abandonada no século III.

Interpretações recentes permitem atribuir à Citânia de Briteiros o papel de capital política dos "Callaeci Bracari" (povo pré-romano de cultura céltica, que habitava o Noroeste de Portugal) no início do século I, onde se reuniria o respetivo "consilium gentis" na grande casa circular. Na altura em que foi habitada, a Citânia de Briteiros assumia assim o papel de uma capital regional na região de Entre Douro e Minho.

O caráter único da Citânia de Briteiros, a sua representatividade e a erudição dos estudos de Martins Sarmento, colocam a Citânia num patamar incomparável a qualquer outro Castro ou Citânia.

Na defesa da sua proposta, André Coelho Lima disse que “usando as palavras claras desse grande comunicador que foi José Hermano Saraiva, «se Guimarães é a mãe de Portugal, a Citânia de Briteiros será a avó de Portugal», pelo que será um propósito da próxima Câmara Municipal a que presidirei lutar por esta classificação que, para além de um acto de justiça, é algo que nos trará especiais vantagens e dará a Guimarães uma dimensão turística bastante assinalável no panorama internacional”, afirmou.

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