História, devoção e património de S. Torcato são agora mais conhecidos

Foram apresentadas duas importantes obras sobre São Torcato que abrem portas para futuras investigações. Na cerimónia marcaram presença Domingos Bragança, presidente da Câmara de Guimarães, e D. José Cordeiro, Arcebispo Primaz de Braga.

O terreiro de São Torcato foi palco da apresentação de duas importantes obras sobre a história, devoção e património do “Santo do Povo”, São Torcato. “São Torcato: Romaria a um Vale Infindável” e “São Torcato: História, Devoção e Património” são resultado de um trabalho de investigação histórica e científica, coordenado por Raul Pereira e Francisco Brito, que nasceu de uma iniciativa da Divisão de Turismo do Município de Guimarães e da CIM do Ave, ao abrigo do programa “Amar o Minho”, integrado na Estratégia de Eficiência Colectiva PROVERE Minho Inovação, com a Irmandade de S. Torcato como parceira.

Nas intervenções protocolares, Domingos Bragança invocou Santo Agostinho quando referiu “um presente das coisas passadas, um presente das coisas presentes e um presente das coisas futuras”. Para o Edil, o presente das coisas passadas é a memória, o presente das coisas presentes é a vida e o pre­sente das coisas futuras é a espera, a esperança. Esperança que para Domingos Bragança significa que São Torcato virá a ser o santo de S. Torcato, de Guimarães e de Portugal.

O Presidente da Câmara enalteceu o trabalho aturado de investigação, lembrando que é no conhecimento e na cultura que está a resposta para os problemas que enfrenta a sociedade de hoje. “Conhecimento faz-se no que hoje nos foi apresentado. O que somos é o que se constrói, o que abre esperança”, disse. Em seguida, lembrou os tempos de desenraizamento que vivemos, o egocentrismo e a atitude de distanciamento para com a vida comunitária que cada vez mais se faz sentir, o que, na sua opinião, foi “contrariado” com a apresentação das duas obras. “Estamos a criar laços, a entrelaçar”, concluiu.

O Vereador da Cultura, Paulo Lopes Silva, aos envolvidos no projecto, a Sofia Ferreira e a toda a equipa do Turismo da Câmara Municipal de Guimarães. Agradeceu igualmente à Irmandade de S. Torcato pela dedicação e cuidado, terminado a relevar a importância das obras para a devoção ao Santo e para a promoção turística do território.

Paulo Novais, juiz presidente da Irmandade de São Torcato, falou em “dia histórico para a Irmandade”, e agradeceu a todos quantos contribuíram para que fosse possível chegar a um resultado final que, na sua opinião, é revelador do amor que os homens e mulheres de S. Torcato têm pela sua terra. “S. Torcato, o santo do povo, foi uma figura marcante que serviu os outros”, disse. Paulo Novais destacou o papel da vereadora Sofia Ferreira como impulsionadora do projecto, e do vereador Paulo Lopes Silva, que lhe deu seguimento, e agradeceu a Domingos Bragança todo o apoio do Município.

D. José Cordeiro, Arcebispo Primaz de Braga, agradeceu ao Município e à CIM do Ave pela visão tida aquando a decisão da publicação das obras. “Sem a profundidade do húmus, não é possível a identidade de um povo”, disse, referindo-se à importante investigação histórica que deu origem às duas obras publicadas.
Por sua vez, Alberto Martins, presidente da Junta de Freguesia da Vila de S. Torcato, qualificou as obras como “de grande impacto para S. Torcato” e parabenizou a Irmandade de S. Torcato pela “preservação do património material e imaterial do Santo”. “Estas são duas obras importantes para o futuro, pois permitirão que o turismo religioso possa vir a ser reforçado”, disse.
José Martins, chefe de equipa multidisciplinar de inovação e valorização económica dos recursos territoriais da CIM do Ave, referiu o orgulho que a CIM do Ave sentiu ao ver as obras terminadas.

Marcações: S. Torcato, livros

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