Rubrica Bons Pais, Bons Filhos: Os meus filhos em duas casas!

Para os pais, uma das decisões mais difíceis a tomar depois do divórcio, é decidir com quem os filhos ficam a viver. Outra solução é os filhos ficarem a viver, alternadamente, com cada um dos pais, em regime de guarda partilhada. Isto só é possível, se os pais evitarem conflitos e mantiverem uma comunicação clara na presença dos filhos, permitindo-lhes ajustarem-se de forma saudável, a duas casas.
Viver em duas casas é uma forma de não cortar a relação dos filhos com as figuras de afecto mais importantes. Desta forma, os filhos podem manter os laços afectivos e viver com ambos os pais, permitindo uma maior distribuição de tempo com cada um deles. Assim, garante-se que não existe pais de semana e pais de fim-de-semana.

Deixo-lhe algumas dicas para que tudo isto funcione:
- Na semana em que não está com os seus filhos, mantenha contactos telefónicos para que possam continuar próximos;
- Os pais devem conversar e definir datas especiais em que os filhos possam estar com cada um deles;
- As regras e rotinas devem ser semelhantes em ambas as casas;
- Os pais devem ser flexíveis e comunicar, entre si, necessidades pontuais da vida diária;
- Sempre que possível, as roupas e brinquedos devem ser transportados o mínimo possível de uma casa para a outra.

Ressalvar que mais do que viver em duas casas, o importante é que os filhos continuem a ser cuidados e amados pelos pais, recebendo o suporte emocional e a estabilidade necessária, de maneira a crescerem de uma forma saudável e feliz. Os filhos têm o direito de viver e de serem educados por cada um dos pais, mesmo que isso implique viver em duas casas!

Elisabete Costa, Educadora Social do CAFAP do Centro Juvenil de S. José

 

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