Arquidiocese de Braga pede "perdão" às vítimas de abusos sexuais

A Arquidiocese de Braga pediu perdão "a todas vítimas que corajosamente deram o seu testemunho, silenciado durante tantos anos", numa alusão ao relatório elaborado pela Comissão Independente para o estudo dos abusos sexuais de crianças na Igreja Católica Portuguesa.

Em nota publicada no seu sítio na internet, a Arquidiocese faz alusão à reunião
do XIII Conselho Presbiteral da Arquidiocese de Braga realizada ontem no Centro Cultural e Pastoral da Arquidiocese.
"O conselho permanente deste órgão diocesano assume toda a dor das vítimas, testemunhada no relatório elaborado pela Comissão Independente para o estudo dos abusos sexuais de crianças na Igreja Católica Portuguesa", refere.

"Comungando das palavras do Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, este conselho pede perdão a todas vítimas que corajosamente deram o seu testemunho, silenciado durante tantos anos. Reforça, ainda, a determinação de criar uma cultura de cuidado e transparência nas instituições da nossa Arquidiocese, sublinhando e agradecendo o empenho de todas as pessoas que diariamente trabalham pela instauração da justiça e do bem comum", acrescenta.
"Outro dos assuntos abordados foi a proposta de constituição do Colégio de Consultores da Arquidiocese como previsto na normativa universal, que preconiza que sejam nomeados, pelo Bispo, entre os sacerdotes pertencentes ao Conselho Presbiteral. O Colégio de Consultores tem como finalidade principal assistir o Arcebispo na tomada de decisão sobre os assuntos relevantes da vida da Arquidiocese. A proposta foi unanimemente aprovada", refere ainda, realçando que "o conselho manifestou-se ainda favorável à revitalização do ministério do Diaconado Permanente, refletindo igualmente sobre o papel do Instituto Diocesano de Apoio ao Clero".

"Por fim, este órgão sinodal manifesta a todos os sacerdotes um sentimento de gratidão e apreço pelo desempenho generoso e abnegado da missão pastoral em favor do povo de Deus, em particular dos mais frágeis", conclui.


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