Presidente da CCDR-Norte: Teatro Jordão é "projecto notável" de financiamento do Norte 2020

Alguns dos projectos do programa operacional Norte 2020 podem sofrer alterações devido aos problemas resultantes da falta de matérias primas e dos aumentos dos custos nas obras públicas. Esta possibilidade foi admitida pelo Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, ao fazer um balanço dos resultados de aplicação do NORTE 2020 até ao momento e a apresentação do relatório anual de execução do ano de 2021.

António Cunha falava antes da 14.ª reunião do Comité de Acompanhamento do Norte 2020, que está a decorrer no renovado Teatro Jordão, esta segunda-feira em Guimarães, contando com a participação de representantes da Comissão Europeia e de autoridades nacionais.

"As metas foram superadas e atingimos uma meta de 62,3 por cento de execução, ligeiramente acima do que era esperado. É um resultado muito bom. Ainda faltam 38 por cento por fazer em dois anos. As metas para este ano e para o próximo continuam a ser muito difíceis e é nisso que agora continuamos muito empenhados", afirmou o responsável, ao admitir que quando foi marcada a meta dos 82 por cento para este ano "não havia uma percepção tão clara dos desafios adicionais, nomeadamente dos que resultam da falta de matérias primas e dos aumentos dos custos".

O presidente da CCDR-Norte assinalou que "os projectos que demoraram mais tempo a arrancar e que agora estão em fase de conclusão durante este e o próximo ano são os que envolvem infraestruturas, obra física que tiveram de ter projectos de arquitectura, aprovados nas suas diferentes dimensões, em alguns casos ambientais, cujo processo de aprovação é complicado. Por isso, começaram agora e deparam com alguma dificuldade adicional". "Estamos a seguir esses projectos e muito empenhados em verificar aqueles que têm hipótese de avançar e de serem concluídos e alguns que não têm, terão de ser substituídos por outros projetos, no âmbito de um processo que temos com mecanismos para o efeito. Estamos a discutir com o Governo e a União Europeia eventuais medidas excepcionais", adiantou António Cunha.

Sublinhando o balanço positivo de se ter alcançado os 62,3% em 2021, António Cunha não deixou de contrapor que "outra maneira de ver o valor dos 62% é que faltam 38% em dois anos", já que os fundos têm de estar executados em 2023.

"Em 2021, foram executados 670 milhões de projectos executados, de diversa natureza como a ponte pedonal sobre o rio Paiva ou o emblemático Teatro Jordão", frisou.

O presidente da CCDR-Norte indicou o financiamento da requalificação do Teatro Jordão como sendo um "projecto notável" por ser "simultaneamente um projecto de reabilitação urbana e multidimensional, porque é um projecto cultural, educacional aberto à comunidade através do Conservatório de Música de Guimarães, e de ensino superior através da instalação da Escola de Artes Performativas e Visuais, da Universidade do Minho. "Foi uma grande reabilitação, representando um investimento de cerca de 12 milhões de euros do Norte 2020", observou, ao frisar que "há 20 anos aquela zona da Cidade de Guimarães recebe financiamentos europeus para a sua reabilitação". "A zona de Couros que Guimarães pretende que seja uma extensão do Centro Histórico Classificado é um projecto exemplar até pela preservação do património e pela promoção do turismo", apontou.

Marcações: balanço programa Norte 2020

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