VÍDEO: Imagens de assalto permitem ver cara de indivíduo e PSP remeteu caso para o MP

A onda de assaltos que tem ocorrido no centro da Cidade levou a Associação do Comércio Tradicional de Guimarães a pedir uma audiência ao Presidente da Câmara, na tentativa de acabar com o fenómeno que dura há cerca de dois meses.

Depois dos acontecimentos verificados na madrugada da passada sexta-feira, em que dois estabelecimentos foram assaltados e dois alvo de tentativas de assalto, a Presidente daquela Instituição considera: "estamos saturados, desde o final de novembro, porque são assaltos diários e nada acontece". "Sabemos que são pequenos furtos, a maioria envolvendo valores baixos, quantias que não chegam para ser considerados crimes públicos, e a justiça não age nem reage perante estes pequenos casos", comentou Cristina Faria, justificando que o estabelecimento comercial a que está ligada já foi assaltado quatro vezes. "É um sentimento de impotência tão grande que a nossa vontade e já fui abordada por vários comerciantes... é fazer justiça com as próprias mãos. Tenho pedido para acalmarem-se porque teremos de encontrar uma solução, mas isto está a chegar a um ponto desesperante", continua, assinalando "os prejuízos financeiros e o desgaste emocional" que afecta os comerciantes. "Pedimos uma audiência ao Presidente da Câmara para encontrarmos uma solução. Pela lei, temos de esperar, mas o nosso prejuízo está a ser muito elevado", sublinha Cristina Faria, reconhecendo que esta situação está a gerar uma "grande frustração". "Já não sabemos o que mais podemos fazer, receio que venham a ser tomadas medidas violentas", assumiu, realçando que "não se consegue que a justiça actue, enquanto as portas dos estabelecimentos estão a ser arrombadas, os vidros a serem partidos e os transtornos a acumularem-se para os comerciantes".

Com efeito, as imagens de videovigilância permitem ver o mesmo indivíduo a actuar em diversas situações. Com uma ferramenta semelhante a um desandador, em poucos minutos, arromba a porta e depois passeia-se pelo interior dos estabelecimentos à procura de dinheiro junto das caixas registadoras. O indivíduo está identificado e referenciado pelas autoridades policiais.

O Grupo Santiago confrontou o Comando Distrital de Braga da PSP com a situação. As Relações Públicas deram conta de que desde o início da actual «onda» de assaltos a estabelecimentos comerciais da Cidade de Guimarães, "procurou identificar o(s) autor(es), contudo a falta de indícios suficientes, não o possibilitou". No entanto, "recentemente, surgiram imagens de um assalto a estabelecimento, que permitiram ver com clareza a cara de um indivíduo, o qual foi de imediato reconhecido. Contudo, atendendo ao modo do crime e valores subtraídos, no caso em apreço, foi elaborada informação ao processo e presente ao MP, para ulteriores termos".

Ainda segundo a informação disponibilizada, "a PSP continua focada no policiamento da via pública, de acordo com os indicadores que lhe vão chegando e recomenda que sejam adoptadas as melhores medidas de segurança adequadas a cada caso, seja estabelecimento ou residência".

A informação da PSP deixou questões por responder, nomeadamente quantas tentativas e assaltos registou aquela força policial a estabelecimentos comerciais de Guimarães desde Novembro do ano passado e que acções desenvolveu a PSP para minimizar ou terminar com esta «onda» de assaltos que se têm vindo a registar a estabelecimentos comerciais de Guimarães.

Marcações: assaltos em Guimarães

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