Centro de Acolhimento para Menores não Acompanhados a Necessitarem de Protecção Internacional está a nascer em Guimarães

A Associação de Apoio à Criança vai criar em Guimarães um Centro de Acolhimento para Menores não Acompanhados a Necessitarem de Protecção Internacional.

Esta nova resposta social irá funcionar num edifício situado na Rua da Caldeiroa, junto a um dos acessos ao Parque Camões. O imóvel será sujeito a obras de reabilitação e adaptação para que tenha o conforto e segurança necessários para a nova função.

A Presidente da Direcção da Associação recordou que a necessidade de criar esta nova valência de apoio à infância remonta a 2015, altura em que a instituição integrou o consórcio Guimarães Acolhe, "quando ocorreu a tragédia humanitária dos refugiados". "Fomos sensíveis a essa problemática porque o objectivo da associação é assegurar a protecção da infância, surgindo a possibilidade de criar esta valência específica com apoio de fundos europeus", explicou Joana Prata.

Já em 2018, a Câmara de Guimarães disponibilizou a cedência do edifício, com a celebração de um contrato de parceria com a Associação de Apoio à Criança (AAC), com a finalidade de instalação daquele Centro de Acolhimento, sendo o imóvel que é propriedade municipal cedido em regime de comodato pelo prazo de 13 anos, renovável por períodos de um ano. A Associação apresentou uma candidatura ao Fundo para o Asilo, a Migração e a Integração, propondo-se a realizar as obras exclusivamente no interior.

No passado mês de Fevereiro, a vereação vimaranense aprovou por unanimidade a atribuição de um subsídio no valor de 98 mil 676 euros para a realização de obras no seu exterior, "considerando que este imóvel se apresenta como um elemento dissonante do conjunto do arruamento, situado numa zona da cidade em reabilitação, por via da requalificação da rua da Caldeiroa e da construção do parque de estacionamento de Camões". "Acresce que o facto de este prédio funcionar como acesso ao Parque de Estacionamento de Camões, edifício de importante valor arquitetónico com forte impacto na zona, torna ainda mais premente a necessidade da sua reabilitação exterior", refere a proposta aprovada.

Para a dirigente da Associação de Apoio à Criança, a criação do Centro de Acolhimento representa mais um desafio, podendo vir a receber 15 ou 16 crianças. "O que se pretende é que a Segurança Social venha a cobrir as despesas de funcionamento corrente desta nova resposta social", destacou, sublinhando que a Associação não tem fins lucrativos e alertando que o acolhimento de menores não acompanhados a necessitarem de protecção internacional está ainda a dar os primeiros passos no nosso País.

"Nós nascemos para ajudar e para ajudar especificamente as crianças. Tem sido gratificante fazer este trabalho em Guimarães, porque tem sido extremamente compensador porque os apoios surgem de todos os lados. A Câmara de Guimarães tem sido incansável, está sempre atenta aos nossos pedidos. Há uma vocação social muito marcada no Executivo, há uma abertura para o nosso trabalho, um carinho por este projecto que é compensador", fez questão de observar Joana Prata, ao indicar que a Associação está a procurar corresponder a esse apoio que tem recebido da comunidade. "Este projecto será uma resposta inovadora, mas o Guimarães Acolhe tem sido exemplar no acompanhamento das famílias de refugiados. O trabalho de todas as instituições que integram o consórcio tem sido uma referência para o País", frisou, salientando que este será o contributo da Associação de Apoio à Criança.

Marcações: Casa da Criança, Acolhimento de menores, refugiados

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