Programa «Largo do Toural»: Entrevista a Manuela Alcântara

Manuela Alcântara foi o convidada deste sábado do programa «Largo do Toural», da Rádio Santiago.

Conduzida por uma antiga aluna e admiradora do seu trabalho, a entrevista permite conhecer o percurso de uma mulher que está prestes a celebrar 92 anos de uma vida preenchida pela família, pelo ensino, pelo Museu de Alberto Sampaio e pela investigação sobre diversas temáticas da história local, destacando-se o seu incontornável trabalho sobre os ourives de Guimarães. 

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No passado sábado, a Câmara Municipal de Guimarães distingiu Manuela de Alcântara Santos com a Medalha de Mérito Cultural, na sessão solene do 24 de junho de 1128 - Dia Um de Portugal, publicando a biografia da condecorada que partilhamos:

"Manuela Alcântara nasceu em Tomar, no ano de 1932. É licenciada em Ciências Históricas e Filosóficas pela Universidade de Coimbra e foi, durante mais de três décadas, professora do ensino secundário em Guimarães, na Escola Secundária Martins Sarmento, onde desempenhou diversos cargos diretivos e pedagógicos e orientou o estágio integrado de História e Ciências Sociais da Universidade do Minho.

Entre 1993 e 1999, exerceu o cargo de Diretora do Museu de Alberto Sampaio, empenhando-se no estudo, divulgação e valorização do respetivo acervo, de que é exemplo a publicação dos inventários de pintura e de ourivesaria do Museu.

Após a sua aposentação, em 1999, Manuela de Alcântara Santos dedica-se à investigação histórica dos ourives e da antiga ourivesaria vimaranense, com o firme objetivo de chamar a atenção para a importância de Guimarães no panorama da ourivesaria nacional.

A temática da ourivesaria de Guimarães tem sido uma constante da sua atividade, em comunicações e colóquios, na orientação de cursos, na realização de conferências e na publicação de diversos estudos em revistas, obras coletivas e catálogos.

Da sua bibliografia, destacam-se os livros Mestres Ourives de Guimarães – séculos XVIII e XIX (2007), Ourives de Guimarães ao serviço de Deus e dos homens (2009) e Talheres de prata de Guimarães – séculos XVIII e XIX (2012), além de artigos no Boletim de Trabalhos Históricos e na Revista de Guimarães.

Comissariou as exposições Guimarães, terra de ourives (AMAP, 2005) e Ourives de Guimarães (MAS, 2009).

Foi investigadora do CITAR (Centro de Investigação em Ciências e Tecnologias das Artes) e do CIONP (Centro Interpretativo da Ourivesaria do Norte de Portugal), ambos da Escola das Artes da Universidade Católica no Porto.

Manuela de Alcântara Santos tem-se interessado igualmente por outros temas de história local, arte e património, assuntos que trata palestras e em trabalhos escritos. Não será, pois, de estranhar que a sua forte ligação ao património de Guimarães a tenha levado a pertencer a diversas direções da A Muralha, Associação de Guimarães para a Defesa do Património, de que foi presidente em 1991-92.

A dedicação e amor à história de Guimarães, em diversos temas do seu património e cultura, que ao longo dos anos tem vindo a cultivar com competência e saber, fazem de Manuela de Alcântara Santos uma personalidade das artes e das letras ímpar na nossa cidade, e, como tal, alguém a quem Guimarães muito deve e está grata. A distinção que lhe é atribuída não é mais do que a retribuição de tudo que tem feito pela nossa cidade e pelo nosso território".

Marcações: Manuela Alcântara, Programa «Largo do Toural»

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