PSD diz que política económica da Câmara é um "falhanço brutal"

A política económica da maioria socialista que governa a Câmara de Guimarães "é um falhanço brutal".

A avaliação é do líder da Concelhia do PSD. Em conferência de imprensa, Ricardo Araújo lembrou que Guimarães já foi o "motor das exportações do Vale do Ave" mas, entretanto, foi ultrapassado por Famalicão e Braga. E se em 2001 as exportações de Guimarães valiam cerca de 4% no contexto nacional, em 2019 baixou para 2,3%. A par disto, aumenta o desemprego no Concelho, a população diminui e perde poder de compra e as empresas têm de sair de Guimarães "por falta de terrenos para se expandirem". São números e realidades que levam Ricardo Araújo a propor a urgência de um plano estratégico para o desenvolvimento económico de Guimarães.
"Em face deste enquadramento e contexto, entendemos ser urgente a elaboração e implementação de um Plano Estratégico para o Desenvolvimento Económico de Guimarães que tenha como desígnio afirmar Guimarães como um Concelho de inovação, com padrões de qualidade ao melhor nível europeu", afirmou Ricardo Araújo.

Segundo o líder do PSD de Guimarães, o referido plano tem como objectivos dar respostas a questões concretas: como apoiar as empresas e industrias tradicionais, em particular nos sectores do têxtil, calçado e cutelarias; como aumentar a competitividade de Guimarães e colocar o Concelho no radar do investimento nacional e internacional e como estimular o empreendedorismo, a incorporação da inovação e do conhecimento produzido nas instituições de ensino superior nas empresas e a fixação de talento.
No actual contexto, o PSD reitera ainda a proposta de baixar os impostos municipais. E se em matéria de economia nem tudo são responsabilidades do Município, então o PSD entende que a Câmara deve "exigir" ao Governo um programa "urgente" para empresas e trabalhadores afectados pela crise que já afecta o sector têxtil. Um programa que "suporte parte dos salários dos trabalhadores parados em resultado da diminuição do volume de encomendas e assim reduzir a necessidade das empresas recorrem ao despedimento ou ao lay-off". Mas também apoio na "formação intensiva e de curto prazo dos trabalhadores" que permita a sua "rápida reconversão profissional".

O plano proposto pelo PSD consagra 10 eixos e propõe apoio às empresas tradicionais, captação de investimento, incremento do turismo, apoio ao comércio tradicional e à agricultura, baixa de impostos Municipais, criação de novos parques industriais, aposta na formação e na melhoria da qualidade dos serviços públicos Municipais.

Face ao contexto actual de crise que afecta sectores tradicionais da economia vimaranense que tem levado ao encerramento de empresas, o PSD defende a identificação de "bolsas de famílias mais afectadas pelo desemprego emergente e actuar no apoio directo a essas famílias", com "acesso rápido e eficaz aos mecanismos de apoio do IEFP e Segurança Social".


Marcações: Economia, PSD

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