Alterações ao acordo com a V Sports dominaram Assembleia Geral do Vitória que aprovou o orçamento


Os sócios do Vitória aprovaram, esta sexta-feira, o orçamento do clube para a próxima temporada, numa Assembleia Geral onde as recentes alterações ao acordo celebrado com o fundo V Sports foram, como era esperado, o assunto mais debatido. No último ponto da ordem de trabalhos, foram muitos os sócios que questionaram a Direcção sobre essas alterações, nomeadamente o facto do accionista ter passado a deter apenas 29% das acções por alegada imposição da UEFA para proteger os interesses de Vitória e Aston Villa nas competições europeias. António Miguel Cardoso começou por referir que o Vitória "ficou numa situação ainda melhor, com uma maioria qualificada", e reiterou a importância da V Sports no enquadramento da SAD, adiantando que pela primeira vez em muitos anos as contas vão refletir um saldo positivo de mais de 4 milhões de euros. Mais à frente, interpelado pelo sócio Pedro Miguel Carvalho, o presidente do Vitória indicou que a V Sports deixa de ter poderes nas questões financeiras - nomeadamente a aprovação do orçamento da SAD - e admitiu que o accionista já fez um empréstimo que estará refletido nas contas a apresentar. O dirigente admitiu também que, face aos últimos desenvolvimentos, o acordo parassocial foi alvo de alterações.


Instado a comentar o investimento na contratação de André Silva, António Miguel Cardoso atirou que, se o Vitória quisesse, já podia transferir o jogador brasileiro "pelo dobro do valor".

Quanto ao orçamento, que prevê um resultado operacional positivo de 1,64 milhões de euros, foi aprovado por ampla maioria, tendo sido confirmado que face às alterações impostas no acordo com a V Sports, agora terá de ser o Vitória a suportar o investimento em infraestruturas que estava planeado e que teria uma verba alocada de dois milhões de euros.


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