Italianos avançam que UEFA vai avaliar possível conflito regulamentar entre Vitória e Aston Villa



O jornal desportivo italiano 'Tuttosport' noticiou, esta terça-feira, que a UEFA pretende avaliar a ligação entre Vitória e Aston Villa, no âmbito do apuramento dos dois clubes para a Liga Conferência Europa. Em causa estará um possível conflito de interesses, uma vez que a empresa proprietária do Aston Villa, a VSports, de Nassef Sawiris, adquiriu recentemente uma posição, minoritária, na estrutura accionista da SAD do Vitória.
A notícia do 'Tuttosport' começa por dar conta que a UEFA vai avançar com uma investigação, na próxima semana, à ligação entre AC Milan, de Itália, e Toulouse, de França, que têm como proprietárias uma mesma empresa, a Red Bird. À boleia deste caso, o jornal italiano avança que a UEFA irá analisar mais dois casos, concretamente a ligação entre Vitória e Aston Villa, além da do Brighton (Inglaterra) com o Union Sain-Gilloise (Bélgica).

O caso do Vitória é distinto dos demais, uma vez que o clube é o accionista maioritário da SAD e a VSports, que controla o Aston Villa, tem uma posição minoritária, que lhe confere o direito a dois lugares no Conselho de Administração. Já a questão entre o AC Milan e o Toulouse é distinta, uma vez que a empresa Red Bird, que começou por adquirir o Toulouse, é a principal accionista do AC Milan.

Na entrevista concedida ao DESPORTIVO de Guimarães, a 16 de Maio, o presidente do Vitória, António Miguel Cardoso, já tinha sido confrontado com a possibilidade do Vitória não poder participar nas competições europeias se o Aston Villa também garantisse a participação, como veio a suceder, por ambos estarem ligados ao mesmo investidor. Na altura, respondeu de forma taxativa: “A primeira preocupação quando começamos as negociações foi essa. Gabinetes jurídicos portugueses, Federação e Liga, gabinetes jurídicos ingleses... Não há problema, não há questão absolutamente nenhuma. O artigo 5 da UEFA também é claro. Nada a criar esse problema, estamos protegidos. E temos um acordo com a VSports em que, caso a UEFA, daqui a 10 ou 15 anos, decida alterar alguma norma, estão dispostos a ser flexíveis e cumprir. Há até muitos casos com maioria de capital em que as coisas têm sido contornadas. Aqui é minoria de capital e não existe controle absolutamente nenhum”.


Marcações: Vitória Sport Clube, Aston Villa

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