"Disse que se fosse preciso teríamos uma almofada, mas isso é mais dívida, aumenta o passivo"



A administração liderada por António Miguel Cardoso apenas pretende utilizar a famigerada 'almofada financeira', apontada como solução para os problemas do clube no decorrer da campanha eleitoral, se não encontrar outras soluções para financiar o orçamento do clube. Na entrevista concedida ao Grupo Santiago, o presidente vitoriano abordou esta questão, que tem sido muito debatida pelos associados.

Do ponto de vista financeiro, já usou parte da almofada que na altura da campanha sugeriu que poderia ser fundamental?: "Disse que se fosse preciso teríamos essa almofada, mas isso é mais dívida, aumenta o passivo. Para já vamos fazer tudo para não a usar, fizemos uma cosmética a simular que estava tudo bem. Neste momento, o Vitória é um clube credível, estamos ligados às máquinas mas começamos a ver os próximos três ou quatro meses, estamos no bom caminho e temos parceiros, mas não usei e nem nos financiamos nestes meses. Antecipamos receitas de vendas de jogadores, mas isso são coisas diferentes. Vou fazer tudo para continuar nesse caminho".

Em que ponto da situação está o negócio com a MAF para aquisição das acções?: "Temos neste momento cerca de 62,5% e mais duas tranches de 3,25 milhões para pagar. Já pagamos este ano à volta de milhão e meio, está tudo certo e sempre que existem atrasos o Mário Ferreira tem sido impecável, sempre disponível para ajudar, estando ao lado do Vitória".

Ainda equaciona a adição de investidores minoritários?: "Agora é importantíssimo acabar de pagar à MAF, é uma questão de honra, faltam duas tranches. Após isso e com o que estamos a fazer e as relações com parceiros, com um novo Vitória a emergir, mais tarde ou mais cedo, a seu tempo, vamos encontrar um parceiro e levar a proposta à Assembleia Geral. A médio prazo, isso vai acontecer".


Marcações: Vitória Sport Clube, António Miguel Cardoso

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