Polvoreira ansioso pela estreia adiada

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As contingências distintas da temporada 2020/2021, marcada pela pandemia de Covid-19, levam a que o Polvoreira ainda não tenha realizado qualquer jogo oficial nas provas da Associação de Futebol de Braga. Um cenário único no universo alargado dos clubes vimaranenses que disputam os campeonatos Pró-Nacional, Divisão de Honra e mesmo 1.ª Divisão, que tem três justificações: os dois primeiros jogos, diante do Gonça e Airão, foram adiados devido a casos de Covid-19 no plantel; o encontro com o Pica foi desmarcado depois de terem sido reportadas infecções nos fafenses, e, por último, as partidas com o Celoricense e Amigos de Urgeses tiveram de ser adiadas devido às recentes decisões governamentais. Com uma mudança de paradigma em perspectiva, o Polvoreira pretende aproveitar o mês de Dezembro para colocar o calendário em dia. “Sabíamos o que estava a acontecer, que era possível adiar jogos, e tivemos de encarar esta situação com naturalidade, apesar de todos terem a intenção de competir”, contou o treinador do clube liderada por Carlos Oliveira, Ricardo Macedo. A gestão do plantel neste contexto “não foi fácil”, acrescentou, mas os jogadores “estão mentalmente fortes, ainda que um pouco ansiosos. Eles treinam para jogar e isso até agora não foi possível. Aceitaram isto com toda a naturalidade, porque ninguém tem culpa do que aconteceu. Tenho de ressalvar que eles têm mostrado toda a disponibilidade para o treino, sempre que o podem fazer”.

O plantel do Polvoreira pretende “deixar para trás” tudo o que experienciou nas últimas semanas, ainda que a evolução epidemiológica “deixe sempre algumas marcas”. “Somos um grupo que atravessou algumas dificuldades, e, por isso, há sempre algum receio. Mas, por outro lado, se estamos a treinar é porque queremos jogar. Temos não de que há sempre risco de contágio, mas pretendemos mesmo jogar”. A provável sobrecarga de jogos no mês de Dezembro “não assusta” Ricardo Macedo, até porque o treinador reconhece que “não havia muito por onde escolher para dar continuidade aos campeonatos”. “De facto, a Associação de Futebol de Braga não tinha uma tarefa simples. Se escolheram o mês de Dezembro, uma época em que havia poucos jogos, é porque há mesmo essa necessidade. Seria mais complicado termos de realizar dois jogos por semana, porque estamos a falar de futebol amador, em que a disponibilidade dos atletas, por vezes, não é muita devido aos seus afazeres profissionais. Se queremos jogar, se queremos estar nesta competição, temos de fazer estes sacrifícios. Se está bem ou mal, já não me compete avaliar, mas na verdade não deve ser fácil estar no papel da Associação de Futebol de Braga”.

Ricardo Macedo tem outra certeza. O facto do Polvoreira ser a última equipa a entrar em acção na temporada 2020/2021 não vai condicionar os objectivos desportivos que estão traçados pelo clube, mesmo que o treinador já tenha sido obrigado a fazer mudanças nos planos inicias devido à saída de vários jogadores. “Em Polvoreira, tínhamos a noção pleno que íamos ter uma época atípica. Tivemos de reajustar o plantel em função da epidemia e estamos a prepara-nos para enfrentar o campeonato nestas condições. Isto não vai interferir nos nossos objectivos. Contudo, o facto de olharmos para a tabela e vermos equipas com nove pontos causa alguma ansiedade. Mas, nós ainda não jogamos, por isso temos de pensar que temos todas as condições para atingir as nossas metas”.


Marcações: Associação de Futebol de Braga, UD Polvoreira

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