Município faz balanço positivo do 'apagão' e quer implementar medidas preventivas

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A Comissão Municipal de Protecção Civil fez ontem um balanço positivo da resposta do Serviço Municipal de Protecção Civil da Câmara Municipal de Guimarães ao 'apagão' que afectou o concelho de Guimarães na segunda-feira. 

No Centro de Operações Integrada de Guimarães (COI), sala que serviu para agilizar as operações, a Vereadora da Protecção Civil começou por explicar que esta foi uma situação "inesperada", onde o Município teve de "agir perante a adversidade" e agradeceu a colaboração das várias entidades e Agentes de Protecção Civil. O «apagão» mobilizou os meios necessários e adequados às situações apresentadas, com especial foco nas infraestruturas críticas, como o sector da saúde e o abastecimento público de água, estando a ser desenvolvidas todas as acções para minimizar o impacto no funcionamento destes serviços. 

Sofia Ferreira adiantou quais foram as prioridades do Município de Guimarães. "Evitar situações de foi o nosso maior desafio. A prioridade foi criar condições para ajudar a Unidade de Saúde Local e garantir os serviços essenciais à nossa comunidade. Além de todas as outras questões, que foram sendo acauteladas ao longo do dia, em articulação com as nossas corporações de bombeiros. Foi também disponibilizado um gerador junto da Vimágua, por forma a garantir também a captação de água em Souto, e outro no Centro de Saúde Amorosa", referiu a responsável.

De forma preventiva, o Município de Guimarães avançou pelas 22h00 com um Zona de Concentração e Apoio à População (ZCAP) no Pavilhão da Inatel, com 40 camas, que viria a não ser necessário e a sua desmontagem iniciou-se às 9h30 de terça-feira. 

No balanço realizado, a Comissão Municipal de Protecção Civil deu como regularizadas a energia e a água nas 48 freguesias do Concelho, bem como a situação do Hospital de Guimarães.

"A situação de Guimarães está normalizada, mas fomos confrontados com outra realidade. Temos de criar mecanismos, que perante estas situações idênticas, nos permitam ter um grau de autonomia maior", sublinhou Sofia Ferreira.

O Director Municipal de Guimarães assumiu que o 'apagão' foi uma situação "incontrolável". No entanto, Joaquim Carvalho defendeu que o Município de Guimarães deve assegurar o funcionamento de equipamentos críticos em situações semelhantes, criando uma "rede crítica de equipamentos". 

"Em relação aos geradores, primeiro, temos de saber se o gerador está a funcionar e em condições; segundo, se tem o combustível necessário para funcionar; e terceiro, a reserva tem de ser periodicamente substituída. Outra medida que podemos fazer está nos excedentes de produção de energia que temos para alimentar alguns equipamentos. Já me foram dizendo que, do ponto de vista legal, não é possível. Terá que haver uma legislação especial. Além disto, teremos que fazer um estudo sobre o mercado de baterias para perceber em que condições podemos avançar", explicou o Director Municipal de Guimarães.

Joaquim Carvalho acrescentou ainda que o trânsito também pode ficar resolvido com a instalação de painéis fotovoltaicos.

Daniel Estebainha, do Serviço Municipal de Proteção Civil de Guimarães, aconselhou ainda a população a assegurar um Kit de Emergência Familiar que garante 72 horas de isolamento.

terça, 29 abril 2025 15:45 em Segurança

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