Escuteiros regressam à actividade na semana em que celebram o seu patrono
Na semana que marcou o regresso à actividade presencial, seguindo os critérios definidos no plano de desconfinamento do Governo, os escuteiros celebram, esta sexta-feira, o Dia Mundial do Escutismo. Em Guimarães, o movimento escutista conta com 54 agrupamentos e centenas de crianças, jovens e adultos.
Ernesto Machado, chefe dos Escuteiros de Guimarães, sublinha que o movimento tem uma proposta educativa "diferenciada" e que o Dia Mundial do Escutismo é um dia de "celebração". "É o dia do nosso patrono mundial, S. Jorge, e um dia de celebração", atira o responsável, sublinhando que o escutismo apresenta-se como um movimento de educação "não formal" que tem um "impacto muito forte em todos os seus membros, desde as crianças, jovens e adultos". "O método de Baden-Powell tem sido um projecto de felicidade para muitos jovens e que tem contribuído para o desenvolvimento social das pessoas na comunidade. O escutismo é um movimento que dá aos jovens oportunidade e competências, sobretudo, ao nível do carácter e do desenvolvimento cognitivo que lhes permite ser melhores cidadãos. Ou seja, cidadãos activos e participativos, que se envolvem nos problemas da sociedade e isso tem impacto", explica.
O Chefe dos Escuteiros de Guimarães frisa que o corpo de jovens dá um "importante contributo, quer nas empresas, quer nas organizações não governamentais, que acaba também por ter um papel determinante nas políticas sociais". "O escutismo é hoje um modelo e um projecto educativo que faz a diferença. Quem lá passa pode sentir isso mesmo", refere.
A pandemia provocada pelo novo coronavírus obrigou à interrupção da actividade presencial, essencial para a interação entre escuteiros. Porém, Ernesto Machado assegura que apesar dos condicionalismos, o movimento reinventou-se para manter a "chama viva". "O escutismo é um modelo educativo que tem uma interação entre pares, logo fica mais condicionada. Tentamos limitar esse impacto através das comunicações digitais. Fomos até onde foi possível, mas na fase mais crítica tivemos de suspender as actividades. A nossa preocupação foi manter a ligação entre os jovens e os adultos. Fomos ao baú da nossa imaginação encontrar formas de manter esta ligação. Tentamos também usar esta oportunidade para desenvolver outro tipo de competências. Penso que fomos capazes de manter a chama viva do movimento escutista. Agora, paulatinamente, vamos voltar, mantendo o espírito do nosso patrono mundial, de não virar a cara à luta, mas enfrentar isto com alegria e determinação", diz.
Ernesto Machado lança ainda um desafio a todas as famílias: "Se querem dar uma oportunidade integral em várias dimensões do desenvolvimento da criança procurem o escutismo. Procurem um agrupamento perto da sua residência e dêem uma oportunidade ao escutismo. De facto, o escutismo é uma experiência que fica para a vida e contribui de forma decisiva naquilo que é a construção de uma personalidade e até do percurso profissional. Os pais, os avós ou qualquer familiar têm orgulho nos seus escuteiros. É muito saudável e uma promoção da vida ao ar livre. Temos de facto uma proposta educativa diferenciadora. Há 54 agrupamentos no nosso núcleo de Guimarães que estão prontos para receber todos", apela.
Marcações: CNE de Guimarães, Dia Mundial do Escutismo