Pedro e Luís vigiam as praias do norte

Há cinco anos deram-nos o seu testemunho de como é ser nadador-salvador. Não gostam de ser tratados como heróis, porque não foi com essa intenção que se alistaram para cumprir uma função que tem como principal objectivo salvar vidas. 

Continuam a dar o seu contributo para a vigilância nas praias ano após ano. Vêem isso como altruísmo, mas não o identificam como heroísmo. Numa altura em que as praias estão lotadas e depois de atravessarem o período de pandemia em que foram obrigados a seguir novas regras, quisemos perceber o que mudou e se as condições em que trabalham são suficientes para cumprirem o dever de vigiar os mais atrevidos. Aos 43 anos sentem-se em plena forma e passaram em todos os testes a que se sujeitam de três em três anos para abraçarem o estatuto de nadador-salvador. Falamos dos irmãos gémeos Pedro e Luís Silvério Cunha. "Provavelmente estaremos aqui até aos 50 (risos)." Não há limite de idade para se ser nadador-salvador, desde que se tenha a capacidade e resistência necessárias para enfrentar o mar e as adversidades que ele pode causar. Como diz o povo: o mar é traiçoeiro!

Quem não se lembra da série do final dos anos 80 «Marés Vivas» que deu um especial relevo a todos aqueles que passam o Verão a cuidar dos outros. Pois bem, eles podiam muito bem ter feito parte do elenco, mas preferiram passar da ficção à realidade. Em Guimarães não há quem não conheça os gémeos russos (assim são identificados) e os elogios multiplicam-se pelas pessoas que os conhecem. A aparência física não é a única coisa que têm em comum, pois ambos partilham um amor incondicional pelo Vitória, foram nicolinos, gostam de desporto, são muito espirituosos e, por isso, na presença deles não há lugar para tristezas. 

Na BIGGERmagazine de Agosto!

 

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